Como é possível que, em pleno século 21, ainda haja partes desconhecidas do corpo humano?
Em dezembro de 2021, cientistas suíços divulgaram a descoberta de uma camada profunda do masseter, músculo localizado entre a mandíbula e as maçãs do rosto, que nos permite mastigar alimentos sólidos.
De acordo com o cirurgião-dentista Ivan José Moreira Oliveira, cooperado da Uniodonto de São José dos Campos, a descrição anatômica do músculo masseter sempre foi controversa, com relatos distintos desde 1784, mesmo com as evoluções nas técnicas cirúrgicas e métodos de diagnóstico, como os exames de imagem, por exemplo. “Tradicionalmente, os livros de anatomia descrevem o masseter como tendo uma porção superficial e uma profunda, porém alguns autores descreviam uma possível terceira camada”, explica. “Anteriormente, a porção descrita do masseter foi negligenciada e simplesmente classificada como parte da porção profunda do músculo”.
Como demonstra o artigo científico intitulado “The human masseter muscle revisited: First description of its coronoid part” (O músculo masseter humano revisitado: primeira descrição de sua seção coroide), a nova porção do masseter possui inserção e orientação de suas fibras distintas. “Essa particularidade possibilita uma maior estabilização da mandíbula e, portanto, deve ser inserida na descrição anatômica do músculo”, explica Dr. Ivan.
Avanços – A descoberta abre possibilidades de avanços em diversas áreas da Odontologia. “Os músculos da face e, mais especificamente, o músculo masseter em questão, atuam ativamente na mastigação, e o conhecimento aprimorado de sua anatomia e função pode contribuir para aprimorar os tratamentos e técnicas cirúrgicas existentes, buscando um melhor prognóstico dos tratamentos propostos aos nossos pacientes”, afirma o cirurgião-dentista.
Outra especialidade que poderá se beneficiar dessa descoberta científica é a que trata das disfunções temporomandibulares (DTM). Nos últimos anos, observa-se um aumento significativo de problemas relacionados à DTM, muitas vezes originados por quadros de ansiedade e estresse, potencializados pelo cenário atual que estamos vivenciando.
Segundo Dr. Ivan, é sabido que grande parte dos sintomas das DTMs está relacionada a transtornos musculares, podendo ou não estar associados a transtornos articulares. “O conhecimento aprofundado da anatomia da face e, agora, da nova porção do músculo descoberta pelos cientistas, pode auxiliar a entender melhor os movimentos mandibulares, identificar com mais precisão a causa de transtornos musculares, bem como orientar uma melhor conduta terapêutica, seja ela conservadora ou cirúrgica”, conclui.
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