Normalmente, quem sofre de halitose (mau hálito) não costuma perceber, mas quem está ao redor consegue identificar e até mesmo pode se afastar justamente por esse motivo. Mas de onde será que vem esse problema? Será algo originado no estômago? Você descobrirá neste artigo.
O que é a halitose
A grande maioria dos casos de mau hálito tem origem na própria boca. Nela vivem centenas de espécies de bactérias com diferentes necessidades nutricionais. E quando esse ecossistema digere proteínas, normalmente libera substâncias que têm mau cheiro. Essas também são encontradas nas fezes, por exemplo.
De acordo com algumas pesquisas, a principal região anatômica responsável pelo mau hálito é a área posterior da língua. E a explicação para que isso aconteça é bem simples: além dessa região receber um fluxo menor de saliva, ela contém grande número de pequenas criptas nas quais as bactérias podem se alojar. Dessa forma, esse local torna-se perfeito para a proliferação dessas bactérias que digerem as proteínas dos restos alimentares ali retidos e as contidas no muco que goteja imperceptível dos seios da face na direção da faringe (gotejamento pós-nasal).
Causas
As possíveis causas da halitose:
• Má conservação dos dentes, inflamação das gengivas, pedaços de alimentos retidos entre os dentes, abscessos.
• Menor produção de saliva (por isso, o odor matinal é sempre mais forte do que os que ocorrem durante o dia).
• Ressecamento da boca decorrente de jejum prolongado, desidratação, exposição ao ar condicionado, estresse, uso de certos medicamentos, assim como respirar pela boca e falar por muito tempo.
• Presença de saburra lingual, isto é, de uma placa bacteriana esbranquiçada, amarelada ou amarronzada, que se forma no fundo da língua.
• Consumo excessivo de álcool.
• Infecções como amigdalites e sinusites.
Prevenção
Existem maneiras para a prevenção da halitose, veja:
• Consuma pelo menos dois litros de água por dia, para manter a boca sempre umedecida.
• Evite permanecer muitas horas sem comer; o jejum prolongado propicia o aparecimento da halitose.
• Capriche na higiene bucal. Ao escovar os dentes, use também o fio dental e passe a escova com delicadeza especialmente na região posterior da língua.
• Certifique-se de que os níveis de glicemia estão dentro da normalidade e que o funcionamento do estômago, rins e intestinos não apresentam nenhuma alteração.
• Utilize, de vez em quando, goma de mascar ou balas sem açúcar, para aumentar a salivação.
É importante ressaltar que a halitose não é uma doença, mas um alerta de que algo não vai bem em seu organismo. Por isso, é fundamental a procura por um especialista para ajudar na identificação da causa desse odor desagradável na boca. Somente assim é possível introduzir o tratamento que, às vezes, pode exigir a participação de especialistas de diversas áreas.
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